segunda-feira, 11 de abril de 2011

MEU CÁLICE DE AMOR


MEU CÁLICE DE AMOR.


Deseja-se de mim a minha metade bonita,
Eu te ofereço um ramalhete de rosas sem espinhos.
...
Quando emanar de mim a luz que te seduz,
Eu falarei da minha vida
Dos meus temores, das minhas metáforas
Do meu inteiro e das minhas metades.
Ofereço-te os meus prismas e toda a minha base.
A minha liberdade enclausurada
Por uma eternidade em lamentos,
Sem tino, tímida por não saber o que é ser livre.
Nos obstáculos que percorro,
Eu desato os meus nós
Observando novos horizontes.
A luz que me orienta tem uma magia que me chama.
Do invólucro da minha bela flor
Despida de pudor,
Eu busco pelas minhas lutas inacabadas,
Quando entrego o meu amor para ti.
Abro todas as portas e as janelas,
Deixo a luz adentrar e fazer sombra no meu corpo.
Quando me desnudas sendo folhas no outono.
Renasço no frio do inverno...
Quando no meu corpo é calor de verão.
Muita crendice habita meu ser nessa espera...
Banho-me no leite para preparar a minha pele,
Pinto a boca de vermelho, beijo o espelho
Marcando com a minha boca,
Um beijo ensaiado.
Gotas de perfumes respingados sobre o pulso.
Despretensiosamente nua de tudo que me veste,
Eu me cubro com meus cabelos,
Suados, desalinhados, espalhados pelas costas...
É a crença no ritual do amor.
Com os pés descalços eu ando e te busco,
O vento assopra no meu ouvido trazendo a sua voz.
Trago no rosto o sorriso meigo e tímido.
No peito o descompasso do coração...
Sensações despertadas pelo desejo incontido...
Eu me oriento pelo seu cheiro,
Pelos seus gestos eu faço da sua boca a minha fala...
Na ansiedade pelo seu corpo,
Molho-te com o suor das minhas mãos
Que banha sua pele morena.
Busco pelo seu néctar, bebo seu cálice...
Em pequenos goles eu sorvo seus beijos.
Molhei-me no seu orvalho
Na madrugada fria...
Com luzes no meu corpo ao nascer do dia,
Eu te amo nos versos de uma poesia...
No gozo da última gota de uma taça vazia.

 CONVIDADA ESPECIAL -DEUNICE MARIA ANDRADE DE LIMA
FOTO- ROSALEM E A ROSA - AUTOR RUY CRESPO FILHO